Vampiro Aldebaran

Vampiro Descrição

Aldebaran, o Príncipe da Noite
Nos tempos antigos, quando os impérios humanos ainda se erguiam sobre sangue e ferro, uma lenda nasceu nas sombras. Seu nome era Aldebaran, um vampiro de olhar hipnótico e presença imponente, cujo nome ecoava como um sussurro entre os que conheciam o terror das noites sem lua.

Ninguém sabia ao certo sua origem, apenas que ele caminhava entre os mortais como um espectro, sempre vestido com um manto escuro, seus olhos brilhando como brasas apagadas. Uns diziam que ele fora um rei condenado à escuridão eterna por trair sua linhagem. Outros acreditavam que era um ser muito mais antigo, anterior às próprias cidades dos homens.

O Juramento de Sangue
Aldebaran vagava pelo mundo, de tempos em tempos escolhendo um novo lar – castelos abandonados, ruínas esquecidas ou mesmo cavernas escondidas sob as montanhas. Mas sua maldição era a solidão, pois seu coração, por mais que tentasse negar, ansiava por algo que nem ele mesmo compreendia.

Foi em uma noite de inverno rigoroso que ele encontrou Elena, uma jovem curandeira de uma vila remota. Seus cabelos dourados pareciam feitos de luz, e sua voz carregava a doçura dos antigos cantos perdidos. Ela não fugiu quando o viu. Ao contrário, aproximou-se e, sem medo, olhou dentro de seus olhos.

— Você é um monstro? — ela perguntou, serena.

Aldebaran sorriu, um sorriso triste.

— Eu sou o que a noite me tornou.

Mas Elena viu algo além das presas afiadas e da aura sombria. Ela viu a dor de séculos de solidão. Os dois passaram a se encontrar nas sombras, trocando histórias e segredos, até que o impossível aconteceu: Aldebaran se apaixonou.

A Maldição do Amor
O vampiro sabia que sua maldição não permitiria um final feliz. Quanto mais amava Elena, mais fraco se tornava. Seu corpo ansiava por sangue, mas ele se recusava a machucá-la. O tempo passou, e a jovem adoeceu, vítima de uma febre que os mortais não podiam curar.

Desesperado, Aldebaran enfrentou seu maior dilema: deixá-la partir ou condená-la à sua eternidade sombria?

Na última noite de sua vida mortal, Elena segurou a mão gelada do vampiro e sussurrou:

— Se for para morrer, que seja nos seus braços.

Ele hesitou, mas o amor venceu a razão. Com um beijo, ele lhe deu a imortalidade. Mas, ao abrir os olhos, Elena não era mais a mesma. Sua doçura se perdeu, sua humanidade desvaneceu. Tornara-se um ser da noite, tão implacável quanto Aldebaran temia.

Tomada pela sede insaciável, Elena não se conteve. Seu primeiro ato como vampira foi destruir aqueles que um dia amou. Quando a vila percebeu o horror que acontecera, caçadores foram reunidos. Aldebaran tentou controlá-la, mas era tarde demais.

Na alvorada seguinte, Elena foi queimada viva pelos aldeões, e Aldebaran, ferido pela perda e pela culpa, fugiu para nunca mais ser visto.

O Senhor das Sombras
Dizem que Aldebaran nunca amou novamente. Seu coração de pedra, que uma vez ousou bater por alguém, congelou para sempre. Sua lenda se espalhou pelo mundo, e hoje, em noites sem lua, viajantes sussurram seu nome com medo de que ele os escute e venha buscar mais uma alma para carregar consigo na escuridão.

Mas talvez, em algum lugar onde a noite nunca termina, Aldebaran ainda se lembre de Elena. Talvez, mesmo os monstros possam sentir saudade.

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