Lamentosa RPG de Navegador

Vampiro Asmodeus

Amaldiçoado Comum
Transformou-se em vampiro em 20 de Agosto de 2024 às 22:34

Publicado por Lamentus Lab
231
Poder de Luta: Baseado em suas habilidades desconsiderando equipamentos.
0
Combatividade: Número de vitórias contra a raça inimiga nas últimas 24 horas. Ajuda seu clã a reduzir o custo no treino de atributos. Limit: 30
612
Vitórias do Grimório: Usado para aprender magias após o nível 10.
  • Experiência

    5077 / 5120
  • Vida

    4350 / 4350
  • Força
    Melhora o dano de seu ataque

    156
  • Defesa
    Diminuí o dano de seu inimigo

    129
  • Agilidade
    Melhora a chance de acertar seu imimigo

    132
  • Inteligência
    Melhora a chance de esquivar-se de um ataque inimigo

    94
  • Resistência
    Permite que você ataque por mais rodadas

    100

Vampiro Descrição

Muitas foram as minhas mortes, e sei que tantas serão as vezes que ainda morrerei. Seja por benção ou maldição, sempre caminho entre a vida e o abismo das almas, e carrego comigo as memórias, algumas apagadas, de onde estou e onde devo chegar.

Capítulo 1: Prima Mori

Lembro dos olhos selvagens e vermelhos, dos lábios macios e dos cabelos negros como a noite, mas nunca me lembrei de seu nome ou de sua voz. Tudo o que me recordo é que naquele outono, nas noites mais frias, ela entrou em meu quarto e se aninhou comigo em minha cama.

Na época, não cheguei a questionar porquê ela me visitava, mas solitário após a partida de minha amada, aceitei aquele amor suspeito, me entregando a toda a solidão da lua cheia. Ela sempre vinha na madrugada, quando as velas já tinham se apagado, e ia embora antes mesmo do amanhecer, deixando uma marca de beijo em meu pescoço.

No primeiro dia do inverno, ela parou de me visitar, e tremi de frio, sentindo falta de seu corpo gelado. Escutei de outros moradores a lenda de uma bruxa que viveu há muito tempo na região, e decidi aceitar que meus encontros não passavam de uma alucinação, uma histeria causada pela dor de uma perda tão recente e tão injusta de minha bela Mareoux.

Naquela mesma semana, fui acusado de usar bruxaria para matar minha noiva, e sem julgamento, como era comum em tempos de neve e solidão, me enviaram para o calabouço, para ser torturado até terem minha confissão.

Após os árduos dias de sofrimento, me deitava no piso de pedra, e pelas grades de minha prisão ela aparecia. Mesmo quando estava imundo, com fome e desprezível, ela se deitava, beijava meu pescoço e ia embora antes que alguém visse.

Na véspera de minha execução, ela me visitou uma ultima vez, mas foi diferente. Ao invés de seu mistério e prazer habitual, ela só me encarou a noite inteira, e encerrou com um beijo em meus lábios.

Ao amanhecer, ela foi embora como sempre, e ao meio dia fui levado a forca para pagar pelos crimes que não fiz.

Quando a corda áspera arranhou meu pescoço e meu corpo dançou em frente a multidão, minha visão escureceu, e pude ver minha Maroux sorrir para mim uma última vez. Ela fez um gesto para que eu a seguisse, mas minhas pernas não se mexiam, e não pude fazer nada a não ser soprar um beijo, com saudades.

Pensei que teria a experiência do inferno, como era comum á aqueles mortos pela igreja, mas acordei novamente, cercado de corpos inchados com a neve que derretia ao redor. Me levantei, e não me senti enojado, apesar do cheiro terrível que me cercava. Olhei ao redor e vi novamente Ela, a dama de cabelos negros que sempre me visitava, e naquele momento lamentei, sabendo que a tal bruxa da lenda ainda vivia, e me tomara como seu escravo em minha nova maldição.

Secunda Mori

Meu corpo se esgueirava pelo frio e neve, e embora as marcas da corda em meu pescoço ainda estivessem lá para me relembrar de que eu deveria ser engolido pela terra, eu ainda me movia, e seguia descalço aquela misteriosa mulher. Porquê eu ainda existia? Porquê ela havia me tirado da doce escuridão da minha amada? Porquê o gelo do inverno não devorava minha carne?

Eram muitas as perguntas, mas ainda maior o meu medo. Tentei várias vezes falar com a dama de vermelhos olhos, mas a voz sempre escapava de minha garganta quando eu estava próximo dela. Perdido pelo cemitério, perdido pela floresta e perdido pela cidade, á segui por muitas semanas, tentando entender um propósito, um significado, qualquer coisa que explicasse o que aconteceu comigo.

Então naquele dia eu entendi. Embora meu corpo estivesse anestesiado ao frio e ao vento, uma sensação de fome primal, brutal e indomável passou a me consumir. Eu catava e me alimentava de restos, sementes, qualquer coisa que pudesse devorar, mas nada preenchia o vazio em meu estômago.

Suspirei e deitei no chão de neve e agulhas dos pinheiros da floresta, e ela se aproximou de mim, com o seu usual sorriso misterioso. Diferente das outras vezes, em que eu a seguia somente para ela me escapar e eu ficar perdido, dessa vez ela se deitou em meus braços, algo que admito que senti saudade desde meu enforcamento.

Puxando o seu vestido para revelar uma adaga amarrada em sua coxa, pensei que era só mais uma de suas seduções, até que a lâmina penetrou seu própio seio. O sangue negro jorrou sobre mim, e naquela hora minha confusão não era mais nada comparada minha fome incontrolável.

A virando contra a neve, a ataquei e mordi a ferida com força, meu corpo agindo com velocidade muito maior que minha consciência. Não lembro se ela sorria ou esboçava dor, mas o gosto do sangue frio contra minha boca era algo único, quase como uma Ambrósia digna de anjos.

Minha mente finalmente perdeu sua névoa, e senti algo quebrar em minha alma, se é que eu ainda possuía alma naquele momento, entendi o que me tornara. Um vampiro, um daqueles contos para assustar as crianças, um monstro, um maculado.

Meu pensamento foi interrompido pela dor que irradiou de minha boca, meus dentes pareciam rasgar e arrancar a carne de minha gengiva. A dama pareceu notar a minha transformação, e me empurrou com uma força descomunal para alguém de porte tão delicado.

Com seu enigmático sorriso e roupa manchada de sangue, ela me fitou enquanto sua ferida aberta sumia perante meus olhos. Tal como os contos, aquela criatura de escuridão era capaz de se regenerar. Cordas, espadas, ferro e aço: Nada podia a manter parada por muito tempo.

Aterrorizado com a descoberta, minha boca coberta de sangue de uma bruxa vil, meus dentes latejando com a dor de mil coices, escapei. Pela primeira vez desde minha primeira morte, não me perdi nos mesmos caminhos, e fugi além do horizonte para a capital, uma força estranha me guiando tal qual a luz da fogueira atrai a uma mariposa.

Em minha mente, sabia que aquilo era minha segunda morte, a morte de minha doce inocência humana, tal qual eva após comer a maçã. A partir daí, Deus enterrara a minha benção nos confins do inferno, eternamente amaldiçoada a saber o que me tornei.

Se você deseja criar um personagem assim neste RPG de navegador, leia este artigo sobre como Lamentosa funciona.

Vampiro estatísticas

  • Vitórias de honra 0 -
  • Total de Batalhas 5821 -
  • Batalhas Vencidas 5300 º
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  • Batalhas Perdidas 521 º
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  • Empates 0 º
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  • Danos Feitos 2671091 º
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  • Danos Sofridos 2013690 º
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  • Ouro Ganho 13060170 º
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  • Ouro Perdido 2054268 º
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  • Pontos Tormentus 0 º
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