Vampire Klaus Wagner

Vampire Description

Klaus Wagner conhecia a fome como um companheiro constante. A pobreza era sua única herança, passada de geração em geração em sua família, um ciclo vicioso que o aprisionava nas ruas escuras e miseráveis de Praga. Seus dias eram uma luta pela sobrevivência, marcados pela fome incessante, pelo frio que lhe penetrava os ossos e pelo desprezo dos outros, que o viam como um parasita na sociedade. Klaus era um fantasma, um espectro esquecido nas vielas labirínticas da cidade. Roupa esfarrapada, pele pálida e ossuda, olhos fundos que refletiam a escuridão de sua existência – essa era a imagem de Klaus Wagner.

Uma noite particularmente fria, Klaus vasculhava latas de lixo em busca de qualquer migalha de comida. A fome lhe roía o estômago, e o desespero era sua única companhia. Então, ele o viu. Uma figura imponente, vestida de preto, emergiu das sombras. A beleza do estranho era sobrenatural, quase assustadora. Sua pele era de um branco leitoso, contrastando com os cabelos negros como a noite e olhos escarlates que pareciam queimar em brasa.

Era um vampiro.

Klaus, inicialmente aterrorizado, permaneceu imóvel. Esperava o pior, esperando ser esmagado sob o pé do ser sobrenatural. Mas a criatura apenas o observou, um olhar frio e avaliativo em seus olhos. Após um momento que pareceu uma eternidade, o vampiro falou, a voz rouca como pedras de rio esmagadas: "Você está faminto, não é?"

Klaus, incapaz de falar, apenas assentiu, as lágrimas congelando em seu rosto.

O vampiro sorriu, um sorriso que não alcançou os olhos. "Eu posso te ajudar com isso."

O que se seguiu foi um turbilhão de eventos. Klaus sentiu uma dor lancinante, uma pressão avassaladora enquanto o vampiro o "abraçava", transferindo sua essência para Klaus. A dor se transformou em um prazer intenso e bizarro, uma onda de energia que o varreu, limpando a sujeira e a fome. Quando o processo terminou, Klaus sentia-se diferente, mais forte, mais rápido, mais... vivo. Mas era uma vida diferente, uma vida na sombra.

A transformação foi brutal. Klaus se tornou um vampiro, mas não foi recebido com os braços abertos pela sociedade vampírica. Ele era um rejeitado, um "sangue impuro", um recém-nascido sem mestre, sem clã, sem lugar. Sua antiga vida de pobreza havia sido substituída pela solidão e pelo medo constante de ser caçado pelos próprios vampiros que outrora desejavam sua morte. Ele não era visto como um deles, apenas como um monstro. A fome era diferente agora, uma sede insaciável por sangue que o atormentava.

A escuridão que o envolvia era diferente agora, mais profunda e mais fria. Mas, em meio a esta escuridão, Klaus sentia uma centelha de esperança. Ele era um vampiro, um ser de poder incomparável, e apesar do desprezo, estava determinado a encontrar seu próprio caminho, a construir seu próprio destino. Ele estava só, mas não desamparado. A força que o vampirismo lhe dera seria canalizada para a sobrevivência, e talvez, para a vingança. A história de Klaus Wagner, o vampiro rejeitado, mal começara.

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