Vampire kohako

Vampire Description

🩸 A Maldição do Crepúsculo Carmesim — A História de Kohako

O nome Kohako ecoa como um sussurro entre os becos esquecidos de vilas antigas — um nome que o vento parece temer pronunciar.
Ele tem 14 anos, mas seus olhos... seus olhos guardam séculos de silêncio e dor.

🌑 Capítulo I — A Noite do Banquete

Kohako nasceu em um vilarejo escondido entre montanhas e florestas envenenadas pela neblina. Sua mãe era uma curandeira gentil, e seu pai, um caçador de feras noturnas. Naquela época, o menino era puro — ria, corria, sonhava.
Mas numa noite de lua vermelha, o vilarejo recebeu um visitante.

Um nobre pálido, vestido em veludo negro, ofereceu aos aldeões vinho, ouro e promessas. Era Lorde Varnell, o vampiro que caminhava há séculos sem ser notado.
O banquete que ele ofereceu terminou em gritos e sangue — todos os presentes foram massacrados, e o pequeno Kohako foi deixado vivo... apenas para ser amaldiçoado.

“Você herdará minha fome, criança. Um presente... e uma prisão.”

Com um beijo gelado em sua testa, Varnell cravou os dentes no pescoço do garoto — e o abandonou em meio aos corpos da própria família.

🩸 Capítulo II — O Sangue Não Dorme

Kohako acordou dias depois, faminto, sem entender o que havia acontecido.
Seu corpo queimava por dentro, o coração batia lento... e uma sede absurda o consumia.
Quando encontrou o corpo de sua mãe — ainda quente, por alguma razão que a magia cruel do vampiro permitira — ele... bebeu.

E chorou.
Chorou tanto que a própria noite silenciou.

A partir daquele dia, o sangue de sua mãe passou a ecoar dentro dele. Ele podia ouvir vozes... podia sentir as emoções de quem o cercava... e quando sonhava, via o rosto de Varnell chamando-o para o Castelo do Crepúsculo Carmesim.

🕯️ Capítulo III — O Menino e as Sombras

Durante os anos seguintes, Kohako vagou sozinho por vilas abandonadas, alimentando-se de ratos e sombras.
O sol queimava sua pele, então ele passou a viajar à noite.
Seus olhos ficaram prateados, e seu cabelo, negro como tinta derramada.
Descobriu poderes estranhos: podia se mover rápido como um vulto, controlar morcegos, e até moldar o sangue como lâmina.

Mas cada vez que usava suas habilidades, uma voz dentro dele sussurrava:

“Use mais, pequeno. Alimente-se. Torne-se completo.”

Era Varnell, chamando-o — o criador, o monstro, o pai que o amaldiçoara.

⚰️ Capítulo IV — O Espelho do Inferno

Aos 14 anos, Kohako chegou às ruínas do castelo.
Tudo estava coberto por teias e sangue seco. No centro do salão, um espelho negro pulsava como se respirasse.
E quando o menino se aproximou, o reflexo sorriu antes dele.

“Finalmente, meu herdeiro. O mundo te rejeitou, e agora você pertence a mim.”

Mas Kohako não aceitou.
Com as lágrimas secando nos olhos, ele usou o sangue do próprio coração e gravou uma runa proibida no chão — selando parte de sua alma dentro da lâmina que trazia:
uma katana negra chamada Yami Homura, forjada no fogo de sua dor e alimentada pelo sangue de seu criador.

O espelho quebrou, o castelo desabou...
e o jovem vampiro, agora sozinho, partiu em busca de redenção — ou vingança.
Talvez dos dois.

🦇 Epílogo — O Menino que Não Dorme

Kohako hoje vaga pelas noites, sem envelhecer, com o corpo de um garoto e a alma de um monstro.
Muitos dizem que ele caça vampiros, outros dizem que ele é o pior deles.
Mas os que o viram afirmam que, antes de desaparecer na neblina, ele sussurra:

“Mamãe… ainda me ouve no escuro?”

E o vento, frio e pesado, responde com o eco de um soluço.

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