Vampiro Qarinah
Amaldiçoado Comum
Transformou-se em vampiro em
13 de Abril de 2025 às 19:04
Publicado por Lamentus Lab

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Experiência
18 / 20 -
Vida
150 / 150 -
Força
Melhora o dano de seu ataque15 -
Defesa
Diminuí o dano de seu inimigo8 -
Agilidade
Melhora a chance de acertar seu imimigo7 -
Inteligência
Melhora a chance de esquivar-se de um ataque inimigo18 -
Resistência
Permite que você ataque por mais rodadas9
Vampiro Descrição
O sol já se esvaía no horizonte de Itapevi, tingindo o céu com tons de roxo e laranja enquanto Qarinah, com seus aparentemente jovens 26 anos, varria o chão empoeirado do pequeno escritório anexo ao cemitério. A luz crepuscular realçava a palidez de sua pele e a melancolia em seus olhos cor de âmbar. Para os vivos, ela era apenas a assistente quieta e eficiente do coveiro, sempre vestida de preto, com um ar de cansaço eterno. Ninguém imaginava o peso de séculos que ela carregava.
Qarinah não se lembrava de sua vida mortal. A transformação, violenta e dolorosa, havia apagado grande parte de suas memórias, deixando apenas fragmentos de um tempo distante e a eterna sede que a consumia. A ironia de trabalhar em um cemitério não lhe escapava. Ela, uma criatura da noite, cercada pela morada final daqueles que um dia viveram sob o mesmo sol que ela agora evitava.
Seu único conforto era a rotina. A organização dos registros, o polimento das placas, a preparação silenciosa das covas. Cada nome, cada data, era um lembrete da fragilidade da vida que ela havia perdido e da eternidade solitária que havia ganhado. Às vezes, ao ler a lápide de uma jovem que partira cedo demais, uma pontada de dor, quase esquecida, atravessava seu peito. Ela se perguntava quem aquela pessoa poderia ter se tornado, os amores que nunca viveu, os sonhos que jamais realizou. E em seu coração morto, a inveja florescia como uma erva daninha.
A solidão era sua companheira constante. A necessidade de se manter escondida, de nunca formar laços profundos, a corroía por dentro. Ela observava as famílias enlutadas, o calor dos abraços, as lágrimas compartilhadas, e sentia um vazio imenso. Ela nunca teria isso. Nunca envelheceria ao lado de alguém, nunca sentiria o toque suave de um filho, nunca experimentaria a beleza efêmera do envelhecimento a dois.
Uma noite chuvosa, enquanto ajudava o velho coveiro a preparar uma sepultura para um bebê, algo dentro de Qarinah se quebrou. A pequena urna branca parecia fria e desoladora sob a luz fraca da lanterna. Ela imaginou os pais, a dor lancinante que os consumia. Por um instante, desejou poder sentir aquela dor também, paradoxalmente. Sentir qualquer coisa além da fria apatia que a envolvia.
Naquela noite, Qarinah chorou. Lágrimas silenciosas que escorriam por seu rosto pálido e caíam na terra úmida da sepultura. Eram lágrimas de séculos de solidão, de uma vida roubada, de um futuro negado. Eram lágrimas de inveja pela mortalidade que ela havia perdido, pela capacidade de amar e ser amada sem o medo constante da descoberta e da rejeição.
Amanheceu em Itapevi com um céu cinzento. Qarinah continuou seu trabalho, o rosto impassível como sempre. Mas algo havia mudado dentro dela. A tristeza, antes um peso surdo, agora pulsava com uma intensidade dolorosa. Ela sabia que sua existência seria para sempre uma sombra entre os vivos e os mortos, uma testemunha silenciosa da brevidade da vida que ela jamais poderia recuperar. E essa certeza era a sua mais profunda e eterna tristeza.
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Vampiro estatísticas
- Vitórias de honra 0 -
- Total de Batalhas 17 -
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Batalhas Vencidas
1
º
ranking -
Batalhas Perdidas
16
º
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Empates
0
º
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Danos Feitos
25
º
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Danos Sofridos
14601
º
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Ouro Ganho
0
º
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Ouro Perdido
1732
º
ranking -
Pontos Tormentus
0
º
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