Vampire Sevrin Damarque

Vampire Description

A Origem

Londres, 1846.
O vento arrastava névoas densas pelas vielas de Whitechapel, onde o pecado e o perfume do sangue se misturavam no ar. Entre as sombras, caminhava Sevrin Damarque, herdeiro de uma família francesa arruinada pela decadência e pela loucura. Ele viera à Inglaterra em busca de recomeço, mas o destino lhe reservava um pacto mais sombrio que qualquer miséria humana.

Certa noite, Sevrin foi atraído até um salão de máscaras, um daqueles encontros secretos da aristocracia que jamais figuravam em jornais. Lá, conheceu Lady Veyra Noctane, uma mulher de beleza tão fria quanto o mármore. Ela o observava com olhos rubros e sorriso lânguido — e, ao dançar com ele, sussurrou ao ouvido:

> “A eternidade começa com um beijo.”

Naquela noite, Sevrin morreu.
E renasceu em trevas.

Lady Veyra o marcou com o Selo de Noctane, um antigo símbolo vampírico que unia criador e criado. Sevrin despertou faminto, o coração vazio, o mundo despido de cor. Nos dias seguintes, aprendeu o que era a verdadeira sede — não apenas por sangue, mas por domínio.

Ele caçava à margem da sociedade vitoriana: prostitutas, ladrões, assassinos. Escolhia vítimas que o mundo não sentiria falta, mas, pouco a pouco, o prazer se sobrepunha à razão. Tornou-se um predador meticuloso, frio, com o olhar de quem observa a vida apenas como um banquete interminável.

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O Marcante

Quarenta anos depois.
O nome Sevrin Damarque tornara-se uma lenda sussurrada entre caçadores de monstros e alquimistas.
Vivendo em uma mansão esquecida nos arredores de Whitby, ele colecionava retratos de suas vítimas — cada rosto pintado à mão, preservado como lembrança de uma eternidade cruel.

Mas numa noite de eclipse, Lady Veyra voltou.
Ela exigiu dele fidelidade eterna, um juramento que o ligaria a ela como servo e amante.
Sevrin recusou.

O confronto foi brutal.
A mansão transformou-se em um campo de sombras, as paredes tremendo com gritos e estilhaços.
No fim, Sevrin rasgou o selo vampírico de sua carne, libertando-se do laço com sua criadora.
Mas o preço foi alto — parte de sua alma foi devorada no processo, deixando-o preso entre a humanidade e o monstro.

Agora, ele vaga pela noite londrina, um vampiro sem mestre e sem paz, conhecido apenas como “O Filho da Noite Silenciosa”, aquele cujo coração ainda pulsa — não pela vida, mas pela lembrança do que ela um dia significou.

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