Vampiro Tata Malembo Wa Orobas

Vampiro Descrição

Em uma era antiga, onde as selvas abafadas do Kongo escondiam segredos mais velhos que os ossos dos homens, nasceu Tata Malembo Wa Orobas — fruto de uma união proibida entre um nganga ancestral e uma mulher albina, que afirmava vir da terra onde os mortos conversam com o tempo. Durante um eclipse de sangue, ele veio ao mundo sem chorar, com os olhos abertos e silenciosos. Desde aquele instante, os anciãos souberam: ele não pertencia a este mundo.

Desde a infância, os espíritos respondiam ao seu toque. Animais morriam quando ele sussurrava. A floresta o seguia em silêncio. Aos quinze anos, sua fome se revelou — não por alimento, mas por sangue, essência, alma. Naquela mesma noite, uma entidade se revelou: Orobas, um antigo rei decapitado em um pacto que desafiou os deuses. Fundiram-se. Uma alma bifurcada entre o vampiro e o necromante.

Com Orobas, Malembo adquiriu o domínio sobre os mortos. Não era apenas um bebedor de sangue — era o Necromante de Sangue, aquele que convocava os esquecidos, fazia exércitos com ossos, e escrevia feitiços em pele humana. Por onde ele passava, as árvores secavam, os rios estagnavam e os nomes eram esquecidos.

Mas seu reinado de terror não era movido apenas por sede ou conquista. Tata Malembo carregava dentro de si objetivos góticos, sombrios e poéticos, como um espírito maldito que sangra eternamente em busca daquilo que lhe foi roubado.

🕯️ Seus Objetivos Góticos:
1. Ressuscitar o Amor Perdido
Malembo amou apenas uma vez: Ndalu, uma sacerdotisa de olhos cor de ébano e pele de cobre, cuja luz podia conter sua escuridão. Ela foi queimada viva por missionários coloniais, acusada de bruxaria. Desde então, Tata jurou que traria os mortos de volta — não para criar monstros, mas para trazer Ndalu novamente à carne, perfeita e viva, como nos dias antigos. Cada ritual era uma tentativa, cada corpo reanimado, uma falha.

2. Quebrar o Ciclo da Morte
O sangue não bastava. O tempo não curava. Ele queria mais: romper o véu entre os vivos e os mortos, fundir os mundos num só. Um mundo onde não existisse esquecimento, onde os ancestrais, os filhos, os amores e os carrascos vagassem juntos. Queria abolir a morte — não como bênção, mas como maldição imortal.

3. Edificar a Torre do Silêncio Invertido
Nos confins do mundo, buscava erguer uma torre feita de ossos de reis e lágrimas de virgens: a Torre do Silêncio Invertido, um portal entre os mundos, um altar onde Orobas se tornaria carne e ele, Malembo, se tornaria deus. Cada degrau da torre seria um nome que o mundo jamais poderia pronunciar de novo. Um templo onde o tempo sangraria eternamente.

4. Ser Reconhecido pelos Deuses como Igual
Ele odiava os deuses. Não por inveja, mas por vingança. Foram eles que permitiram que Ndalu morresse. Foram eles que exilaram Orobas. Tata Malembo queria olhar os deuses nos olhos e fazê-los sentir medo, provar que o homem, ao aceitar a maldição, torna-se maior que qualquer divindade.

Nas profundezas das selvas, há quem diga que ele ainda vive — aprisionado entre os mundos, no cruzamento entre os mortos e os que não podem morrer. O vento carrega seus cânticos invertidos. As crianças nascem com olhos pálidos em noites de eclipse. E os antigos, ao redor do fogo, ainda sussurram:

"Não pronuncie o nome de Tata Malembo Wa Orobas em voz alta... ou ele ouvirá."

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