Werewolf Gustav BloodFang

Werewolf Description

Gustav, um ex-templário de olhos profundos e cicatrizes que narravam batalhas antigas, caminhava por uma floresta densa e nebulosa. Ele tinha servido fielmente à Ordem dos Templários durante anos, mas agora era apenas um errante, assombrado por uma maldição que corroía sua alma. Em uma noite fria e solitária, ele encontrou uma velha cabana no coração da floresta. Ali, uma bruxa habitava, isolada e temida por todos.

A bruxa, de nome Eleonora, possuía um olhar que parecia perfurar a alma. "Eu sabia que você viria, Gustav", disse ela, sua voz arrastada pelo vento noturno. "O padre Jermano, o Terceiro, veio até mim há anos. Ele sabia o que você carregava no sangue. Sabia que o espírito lupino estava selado dentro de você, e temia o que isso significaria para a Igreja e para o mundo."

Gustav sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ele sempre soube que algo sombrio estava trancado dentro dele, uma força primitiva que ele mal conseguia conter. "O padre Jermano… ele fez isso comigo?" perguntou Gustav, incrédulo.

Eleonora acenou lentamente. "Ele pediu que eu selasse o lobo dentro de você. Mas o selo não era perfeito. Uma entidade antiga, uma sombra que vive entre os mundos, te encontrou. Ela quebrou o selo, mas não sem antes amaldiçoá-lo. Agora, você está preso entre o homem e a besta, destinado a vagar até que encontre uma forma de quebrar a maldição."

As palavras da bruxa ecoaram na mente de Gustav enquanto ele recordava os sonhos febris que o atormentavam, onde corria sob a lua cheia, sentindo a fome insaciável do lobo dentro dele. Ele também se lembrava das noites em que acordava coberto de sangue, sem se lembrar do que havia feito.

"Você pode quebrar a maldição?" Gustav perguntou, a voz carregada de desespero. Eleonora sorriu tristemente. "Não. Mas posso ajudá-lo a controlar o lobo. Há um ritual que pode estabilizar sua transformação, permitir que você mantenha sua humanidade. Mas para isso, precisará do sangue do padre Jermano."

Gustav sentiu seu coração apertar. O homem que ele uma vez servira e respeitara agora se tornava seu inimigo. Ele precisava enfrentar Jermano, não apenas por sua liberdade, mas para evitar que o lobo consumisse sua alma para sempre.

Partindo da cabana, Gustav vagou por meses, seguindo pistas que o levaram à catedral onde o padre Jermano agora presidia. A cidade ao redor da catedral era tomada pelo medo, com rumores de que um monstro à espreita nas sombras estava à solta. Gustav sabia que era ele próprio em suas noites de transformação.

Finalmente, ao adentrar a catedral, ele encontrou Jermano diante do altar, orando fervorosamente. O padre, agora um homem envelhecido, ergueu os olhos e encontrou o olhar lupino de Gustav. "Então, você voltou…", murmurou, reconhecendo o horror que ele próprio havia ajudado a criar.

Sem palavras, Gustav avançou, sentindo a fera dentro dele se agitar. Jermano tentou conjurar uma bênção, mas suas palavras foram abafadas pelo rosnado crescente que emergia de Gustav. Em um último esforço desesperado, Jermano puxou uma adaga, tentando deter a criatura que ele acreditava ser um castigo divino.

Mas Gustav, agora lutando para manter sua humanidade, desarmou o padre com uma facilidade brutal. "Eu não quero matá-lo," disse ele, a voz misturada com um rosnado animalesco. "Mas preciso de seu sangue para salvar minha alma."

Jermano, percebendo que não havia escapatória, aceitou seu destino. Ele cortou a palma da mão e deixou o sangue pingar em um frasco que Gustav carregava. "Que isso seja o fim de nossa loucura," sussurrou o padre, enquanto sua vida lentamente se esvaía.

Com o sangue em mãos, Gustav voltou à cabana de Eleonora. A bruxa, com seus poderes antigos, realizou o ritual. Sob a luz da lua cheia, o lobo dentro de Gustav foi acalmado, mas não destruído. Ele ainda carregava a maldição, mas agora podia controlá-la, mantendo o equilíbrio entre o homem e a besta.

No entanto, Gustav sabia que essa paz era frágil. Ele partiu da floresta, decidido a encontrar uma maneira definitiva de quebrar a maldição. Agora, ele era mais do que um templário, mais do que um homem. Era um caçador de sombras, lutando contra o tempo e os próprios demônios, na esperança de um dia recuperar sua humanidade perdida.

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